quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CANUDOS

              
Dorinha Loiola - Visitando Canudos
Escultura de Antônio Conselheiro











Sobre a terra os canhões

Ferindo-lhe a pele
Rasgando os costumes de um povo
Matando um arraial.

Envenenando lábios carnudos
O fogo das balas que cuspiam as carabinas
Armas assassinas
E lá se foi o Belo Monte de Canudos.


Na terra suja de sangue limpo
As águas se alastraram
E todas  verdades sepultaram...

Surgiu então um céu passivo
Sem nevoeiro
Trazendo o retrato vivo
De Antônio Conselheiro.

 Mikal Lôbo  

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