sexta-feira, 7 de outubro de 2011

UAUÁ







MINHA TERRA DE PALMEIRAS
NÃO TEM CASCATAS NEM CACHOEIRAS
MAS TEM SABIÁS E UIRAPURUS
PALMATÓRIAS, XIQUE-XIQUES E MANDACARUS.
             
           MINHA TERRA NÃO TEM VERDES MATAS
MAS TEM OUTROS MIL ENCANTOS...
TEM O VAQUEIRO, SERTANEJO FORTE
QUE NA PELEJA DA VIDA
SUA SINA É SUA SORTE.

TEM O GADO MAGRO, CANSADO
TEM A SECA QUE CASTIGA
MAS TEM TAMBÉM
O BODE, RIQUEZA  MAIOR
TEM POETAS, POETISAS
TEM SÃO JOÃO E TEM FORRÓ

TEM UMA CULTURA DE INVEJAR
NOS DEDOS DE PANTERA, ROBSON E MARCELO
NAS TELAS PROFUNDAS DE GILDEMAR

EM MINHA TERRA NÃO TEM LÁBIOS MUDOS
TEM A VOZ SUAVE E ALEGRE DE MARCOS CANUDOS
A MÚSICA CONTAGIANTE E FELIZ
DE RENAN, NENENZINHO, MARCOS VAZA E CLÁUDIO BARRIS.

E TANTOS OUTROS ARTISTAS
COMO DÉBORA DE ADEMAR, LULU, KIU LÔBO, JOÃO, JANJÃO,
DEDA DE CANCÃO, NANDO, CHICO, ANTONY, BGG,
NILTON FREITAS E CAVACHÃO.

MINHA TERRA
MEU SERTÃO
TERRA DE SEU AUTO E MANDINHO
TERRA DE AMOR E CARINHO
TERRA DO MEU CORAÇÃO.


© Todos os direitos reservados

MIKAL LÔBO

LAMPIÃO

HERÓI BANDIDO

 Coração na mão,
...Corre que lá vem Lampião!!

Ora herói, ora bandido
Socorrendo ou impondo perigo.

Chapéu de couro, arma na mão
...Corre que lá vem Lampião!!
Ora herói, ora bandido
Se justiceiro,
                                         Era banido...

                                     Se Lampião,
                                         Era também clarão...

                        Oração na devoção
...Corre que lá vem Lampião!!

                 Se Cangaceiro,
                           Era  também
                                                mais um guerreiro!!
                                                      
                                                              Mikal Lôbo  

© Todos os direitos reservados          

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Encontro Regional dos Poetas - Jua

CANUDOS

              
Dorinha Loiola - Visitando Canudos
Escultura de Antônio Conselheiro











Sobre a terra os canhões

Ferindo-lhe a pele
Rasgando os costumes de um povo
Matando um arraial.

Envenenando lábios carnudos
O fogo das balas que cuspiam as carabinas
Armas assassinas
E lá se foi o Belo Monte de Canudos.


Na terra suja de sangue limpo
As águas se alastraram
E todas  verdades sepultaram...

Surgiu então um céu passivo
Sem nevoeiro
Trazendo o retrato vivo
De Antônio Conselheiro.

 Mikal Lôbo  

Lançamento do Livro: "Vôo Rasante"- Grande Hotel SSA

Dia do Lançamento  Livro - Antologia Poética "Vôo Rasante" em homenagem ao poeta Antar Govindas  © Todos os direitos reservados

Encontro baiano dos Poetas - SSA

Kiu & Kal